Este livro inspira-se no quotidiano de um professor de Francês a trabalhar numa escola pública parisiense, caracterizada por uma forte diversidade étnica e cultural. François Bégaudeau, escritor e protagonista desta experiência de ensino, põe em evidência a dificuldade em gerir os conflitos da sala de aula em simultâneo com a transmissão de saberes.
1 comentário:
“A Turma” de François Bégadeau
A obra deste autor, pouco famoso na nossa literatura, engloba vários aspectos de elevada discussão da nossa sociedade, uma sociedade desenvolvida e multicultural, na qual surgem problemas como o racismo e o desrespeito, bastante bem retratados na obra. A história desenrola-se segundo o quotidiano de um professor de Francês numa escola pública do “pais dos direitos universais” ou “pais do queijo” (citações da obra). Numa escola que acolhe alunos de diversas nacionalidades e raças, resultam problemas no desenrolar de qualquer aula, que resultam em faltas, repreensões bem como processos disciplinares. Podemos ainda verificar um desenvolvimento da acção de um professor extra aula e do concelho executivo.
Apresenta uma estrutura com um reduzido número de capítulos, caracterizados por um paralelismo de construção, na medida em que se desenvolvem de uma forma semelhante com ideias repetidas, sem fatigar. Apresento, no entanto, uma objecção que é o elevado número de descrições de vestuários e locais, tornando o texto um pouco dramático.
Em suma, posso garantir que é um texto tragicómico, pois é chocante mas ao mesmo tempo divertido, acessível, de fácil leitura, na medida em que o associaremos ao quotidiano estudantil.
Diogo Fabião Passadouro, nº12 do 11ºD
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