NOVA CASA

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

P3 - FCG - TEMPO ADIADO de Paula de Sousa Lima



A autora conta a história de Lia e da sua vila através de sucessivas analepses. Tudo começa com Ester em 1875, uma mulher feia e franzina, que tem uma filha bastarda, Sara, o que era considerado na época um escândalo. Em busca de dinheiro, Ester dirige-se ao casarão da vila, conhecido por ser o local onde muitas raparigas, cujas famílias não podiam sustentar, eram deixadas para servirem o dono, sendo constantemente violadas por este. Tinham que ser bonitas e formosas, por isso, a primeira resposta que Ester ouviu foi um não. Mas Ester, determinada, respondeu que podia ser governanta pois sempre fora dona de casa. Foi aceite, ela e a filha, e passaram a viver no casarão (e claro, disse que era viúva para poder ser aceite, devido aos preconceitos daquele tempo em relação aos filhos bastardos e mães solteiras).
Tendo passado tanto tempo a viver no casarão, Sara presenciou várias violações por parte do dono às criadas, ficando chocada e enojada. Crescia nela um ódio enorme por ele.
Com o passar dos anos, Sara começou a ficar muito bonita, despertando a atenção do dono da casa que lhe começa a oferecer presentes. O dono da casa chama a prima que ensina Sara a tocar piano e todas as boas maneiras que uma menina deve ter. Sara tocava tão bem que a cada vez que o fazia, o dono da casa se apaixonava mais por ela. (ver MAIS no 1º comentário)

1 comentário:

Diana e Ricardo disse...

Com o passar dos anos, Sara começou a ficar muito bonita, despertando a atenção do dono da casa que lhe começa a oferecer presentes. O dono da casa chama a prima que ensina Sara a tocar piano e todas as boas maneiras que uma menina deve ter. Sara tocava tão bem que a cada vez que o fazia, o dono da casa se apaixonava mais por ela.
Sara cresceu, e ainda era nova quando o homem a “obrigou” a casar com ele, não podendo ela fazer nada. Com ódio pelo agora seu marido, Sara decidiu que este não merecia ter o amor de um filho. Portanto, ela tentou secar o ventre com mezinhas, mas foi apanhada pela mãe que a proibiu de o fazer, pois tinha medo que o homem descobrisse e a matasse. Assim, Sara engravidou do homem, mas no dia do parto, antes deste pegar na filha, Sara matou-a. O homem ficou furioso, e Sara teve de fugir para longe acabando por ter outro filho, chamado Abraão – um milagre.
Passado algum tempo, Ester envia uma carta à filha dizendo que a vila estava amaldiçoada e que as meninas que nasciam já vinham mortas, e os rapazes embora sobrevivessem nasciam muito fracos e que tinha sido construído um cemitério ao lado do casarão onde eram enterradas as meninas mortas. A mãe escreve também que aquela carta devia ser guardada por Sara e passada às seguintes gerações até que uma menina tão bonita como Sara nascesse, e seria ela que acabaria com a maldição.
Antes de morrer, Sara escreve tudo o que aconteceu na sua vida e guarda num baú essas memórias juntamente com a carta da mãe, e entrega-o ao seu filho que o guarda até que nasce Lia, neta de Abraão, que era tão linda como a sua bisavó Sara. Quando Abraão morre, deixa instruções para que o baú seja entregue a Lia.
Depois de Lia ler as memórias de Sara e a carta de Ester, percebe que se passa algo lá fora, até que um trovão pinta o céu de roxo, que era a cor das meninas mortas, e destrói o cemitério de que Sara fala nas suas memórias, que é substituído por um campo de flores. A maldição quebra-se, e Lia passado um ano tem uma filha à qual põe o nome de Sara em honra da sua bisavó.
Esta história é como que um grito de revolta vindo da autora em relação à situação social das mulheres no tempo em que a história decorre. Contudo, esta história não nos impressionou muito. A escritora tem uma maneira muito própria de escrever, fá-lo de uma forma directa e agressiva pelo que a sua leitura não nos cativou.
Não é um género literário que nos desperte grande vontade de ler, é certo. Contudo deixamos a recomendação para quem quiser ler esta história, pois os gostos variam consoante a idade e a experiência de cada um.

Obrigado por este desafio, Diana Martins e Ricardo Paquim - 11ºB